Jesus, Mestre e Modelo

“Mas Jesus retirava-se para lugares solitários, e orava”. Lucas 5:16

   Espiritualidade pode ser simplesmente entendida e definida como vida com Deus. Já, um envolvimento com as coisas de Deus pode ser melhor entendido como religiosidade. Há uma enorme diferença entre uma prática e outra. Normalmente pessoas que buscam a espiritualidade lidam constantemente com uma santa insatisfação. Pessoas religiosas, em geral, lidam com uma mundana satisfação. A espiritualidade incomoda. A religiosidade acomoda.

   O Senhor Jesus precisava orar? Precisava ir à sinagoga? Participar das festas religiosas de Israel? Ler a Lei de Moisés? No entanto, os evangelistas registram, a exemplo do verso de Lucas 5:16 acima, que Ele tinha praticas costumeiras. E cultivar a vida de oração, a vida com Deus, era uma de suas práticas (cf. Lucas 4:16 e 22:39). É nesse sentido que o Senhor Jesus é para nós Mestre e Modelo!

   O falecido professor de teologia Rev. Howard Leland Rice, em seu livro Espiritualidade Reformada diz: “Desde os primeiros séculos da Igreja, os cristãos têm lutado de diferentes maneiras para chegar a um acordo com o fato de que ser discípulo de Jesus envolve tanto a necessidade de abrir mão de algumas coisas que a cultura nos diz que devemos ter e, ao mesmo tempo, colocando certas práticas que nos permitam ser claros sobre quem somos em relação a Deus”.

   E aqui temos que lidar com a expressão Disciplinas Espirituais. Pois, normalmente um discípulo(a) sincero possui o desejo de uma vida mais profunda e íntima com Deus. Também, busca obter em seu relacionamento com Deus um deleite espiritual, uma satisfação nessa comunhão. Todavia, é necessário entender que entre o desejo e o deleite se interpõe a disciplina.

   Deste modo o que seria então uma disciplina espiritual?

  Dallas Willard, em seu livro O Espírito das Disciplinas nos ajuda nessa compreensão. Diz ele: “As disciplinas para a vida espiritual, bem entendido, são atividades testadas pelo tempo conscientemente assumidas por nós como novos homens e mulheres para permitir que o nosso espírito tenha cada vez maior influência sobre os nossos ‘eus’ consagrados. Elas ajudam, auxiliando para que os caminhos do Reino de Deus tomem lugar dos hábitos de pecado embutidos em nossos corpos”. E, ainda, no mesmo livro vai afirmar que “Onde quer que os primeiros cristãos olhassem viam exemplos da prática de solitude, jejum, oração, estudo privado, ensino comum, adoração, serviço sacrificial e doação – para mencionar apenas algumas das disciplinas mais óbvias para a vida espiritual.”

   Na realidade, praticar uma série dessas atividades que têm um histórico comprovado através dos séculos entre os cristãos vai nos impedir de errar.

   Ao ler os evangelhos podemos observar na vida de Jesus a expressão real e costumeira de práticas e hábitos que revelavam Sua vida com Deus e Sua identidade e propósito. Deste modo, como discípulos e discípulas Dele hoje, em pleno século 21, não podemos abrir mão de segui-Lo em Suas práticas, pois o evangelista João afirmou que aquele que diz que permanece Nele, esse deve também andar assim como Ele andou – 1ª João 2:6.

   Mas, precisamos nos acautelar e verdadeiramente entender conforme o Rev. Eugene Peterson escreveu que haveremos de trilhar uma Longa Obediência na Mesma Direção. Assim, fiquemos com a advertência de Anselm Grun: Aquele que deseja apenas fazer experiências espirituais e apresentá-las como troféus turísticos, sem percorrer o caminho da transformação interior, este há de perder a ligação com o seu próprio centro… Só aquele que une mística e ascese, oração e autoconhecimento, é que há de verdadeiramente encontrar-se com Deus e com seu próprio eu consciente”.

   O apóstolo Pedro em sua primeira carta (1 Pedro 2:21) apresenta o Jesus como modelo e mestre ao afirmar: Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigamos seus passos.

   A verdadeira espiritualidade segue nos passos e práticas de Jesus.

Rev. Mário Sérgio de Góis (Pastor na 1ª IPI de São José do Rio Preto/SP e consultor do instituto Sara)

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